sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Resenha - O Pensamento é Um Ímã

ATENÇÃO: Não vou falar sobre cada música. Não costumo fazer isso nas minhas resenhas. Recomendo que você baixe o álbum inteiro e ouça várias vezes, para formar a sua opinião a respeito do som dos caras. Nesse post eu vou apenas contar detalhes interessantes sobre o álbum e o show de lançamento.

Em 2008, quando ouvi pela segunda vez a Vivendo do Ócio no programa Gas Sound da RedeTV sabia que aquela banda seria promissora no cenário do rock nacional. (digo segunda vez, porque da primeira vez que ouvi não gostei muito). Dito e feito, os caras ganharam o concurso, lançaram um CD produzido por Rafael Ramos, fizeram turnê européia (Brazilian Day, Italian Wave Festival), participaram de homenagens aos Strokes e ao Paul McCartney e agora lançam um álbum que vai abalar as estruturas do rock nacional. 
"O Pensamento É Um Ímã", que já impressiona pelo nome, guarda ainda outras surpresas para os fãs. Nesse álbum a Vivendo do Ócio explora sonoridades mais regionalistas e mescla esses elementos com o bom, o velho e o novo "rock and roll". "Identidade" é a palavra que melhor define o que aconteceu nesse álbum. Parece que a estrada e e as influências musicais fizeram a banda amadurecer desde o "Nem Sempre Tão Normal" (2009). 

Gravação
O álbum foi gravado em dois estúdios: o Costella (estúdio do Chuck Hipolitho, localizado em São Paulo) e o Tambor (estúdio do Rafael Ramos, localizado no Rio de Janeiro). Chuck Hipolitho e Rafael Ramos que inclusive, foram os produtores desse discão!
Desde o ano passado saíram alguns teasers que valem a pena serem vistos, para sentir como foi o clima das gravações.




Vale a Pena Conferir
Quatro coisas que me chamaram muita atenção no CD foram:
1- O design gráfico do álbum feito por Jaja Cardoso e Luca Bori (integrantes da banda). Ótima criação e demonstra realmente que o pensamento é um ímã. 
2- A arte central feita por Rafael Kent. Para quem não conhece os outros trabalhos do Rafael Kent não só como fotógrafo, mas também como diretor de clipes, vai aqui o site do cara e dois clipes que ele dirigiu: 





3- O encarte do CD é muito bem elaborado. Parece ser uma coisa bem simples, mas colocar os refrões em negrito ajuda muito na hora de aprender e decorar a letra (algo que faz muita diferença no show).
4- Agora a banda conta com outro vocalista: Luca Bori, que canta 3 músicas no álbum.


Participações no Disco
Nas composições das músicas, a banda contou com a ajuda de Luiz Henrique Lima na faixa "Bomba Relógio", de Pablo Rodrigues em "Nostalgia" e de Thadeu Meneghini e seu amigo Adalberto Rabelo em "Radioatividade" (uma grande homenagem à Bahia).
Já os convidados especiais são: Dadi em "O Mais Clichê" (a música que eu mais curti no CD), Pitty e  Martin em "Nostalgia" (outra linda homenagem à Bahia) e Alan Lopez em "Bomba Relógio".

Cena de Rock 'Patcharas' e Show de Lançamento
Quem estava no show de lançamento presenciou o início de algo que está rolando no cenário do rock nacional. Lá no Beco 203, estavam presentes as pessoas que mais fazem esforço pelo rock no Brasil. Beto Bruno, Rodolfo, Marcelo Gross e Pedro Pelotas (Cachorro Grande), Joe (Pitty), Joni e Chico (Tokyo Savannah), Greco Blue (Os Azuis), Lucas (Fresno), Chuck Hipolitho, Thadeu Meneghini, Flávio Guarnieri e André Dea (Vespas Mandarinas), Sugar Kane, o fotógrafo e diretor Rafael Kent, vi até o Thunderbird na saída. Enfim, um porrada de nomes de peso...
Foi muito legal ver todas essas pessoas unidas, mesmo que elas não tenham o mesmo estilo de rock. Mas como diz o ditado "A união faz a força", ou pelo menos, "A união faz a cena".
Por falar em cena, sempre desejei que existisse uma aqui na cidade de São Paulo, pra ser mais específico, na Rua Augusta. Só esse local me vem à cabeça, por diversos motivos: 

1- Lá existem várias casas de show;
2- Lá existe público;
3- Lá possivelmente haverá cobertura de uma mídia (infelizmente, não de massa, mas de blogs e sites alternativos).

Bom, se vai ou não ser uma cena, ou até mesmo, se cenas realmente já existiram em algum momento, visto que grande parte delas foi "criada" pela mídia e não aconteciam de fato, eu não sei. Também tenho minhas dúvidas se cena depende de estética da banda, ou se é mais uma forma de camaradagem entre elas. O que eu sei é que os Patcharas ainda vão fazer muito barulho!


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