quinta-feira, 15 de março de 2012

O Futuro da Música

Esse título é sensacionalista, não ligue muito para ele. Ninguém sabe ao certo o futuro da música, tanto no diz respeito a criação e gravação, como no que diz respeito a distribuição e venda de música.


Na verdade esse texto tem apenas o intuito de mostrar algumas tendências que acredito que vão ganhar força nos próximos anos do mundo da música. Bom, vamos a elas:

Redes Sociais de Música e músicas nas redes sociais - Quando se fala em redes sociais, nem se utiliza mais o termo "futuro", pois elas já são uma realidade. E mais do que fazer uma fama de 15 dias, as redes sociais servirão para manter a fidelidade dos apreciadores da banda. 
Datas e vídeos de shows, concursos, promoções e newsletter sobre a banda, criam uma sensação de proximidade com os fãs. E isso faz toda a diferença na hora de lotar uma casa de shows.

Vejo no Twitter uma forma espetacular dos fãs acompanharem o dia a dia dos músicos. Ver os ensaios por Twittcam, sem contar que as fotos das gravações fazem com que as pessoas deem mais valor ao trabalho do músico.

Outro fator importante é o feedback que a banda recebe via redes sociais desde "tantas pessoas curtiram seu link" até "cara,  show de ontem foi péssimo".

Só é preciso estar atento a duas coisas: 
1- Redes Sociais morrem rápido. Myspace e Orkut são prova disso. 
2- Não se deve confundir um fã com uma pessoa que "curte" sua banda. Acredite, são coisas muito diferentes.




Streaming - Eu sei que você também deve estar cansado de ler essas discussões sobre download ilegal e direitos autorais. Por mais tolo que isso pareça, a raiz de toda essa discussão está num simples fator técnico: download ilegal significa copiar um arquivo para o seu computador sem a autorização do dono dos direitos da música. Se você ouve a música no Youtube já não é mais ilegal, pois você não está "copiando" para seu computador, mas sim "carregando" a música. Que coisa não?!?!

É por essas e outras que acredito que a solução mais viável são os sites de streaming, que disponibilizam milhões de músicas sem ocupar espaço no seu HD. E o melhor de tudo, você tem a consciência limpa de estar ouvindo a banda que você gosta e dando um feedback para ela.

Os donos de sites como SoundCloud e Grooveshark foram muito inteligentes em ver esse vazio entre direitos autorais e democratização da informação.




Playbutton - Numa época onde o CD e o vinil tornam-se peças de colecionadores, o playbutton surge como uma forma alternativa e prática de se ouvir música.. Justamente pelo fato de ser pequeno, fácil de guardar, resistente, além de ser simples de manusear.
Tecnicamente, o playbutton é uma mistura de MP3 com bottom. 

Outra vantagem do playbutton é o resgate do valor dado ao álbum como um todo. Como assim? Bom, no playbutton você não pode escolher a ordem das músicas, uma vez que elas respeitam a ordem do álbum. Genial não? Ou seja, mistura hábitos antigos (ouvir álbuns inteiros) com hábitos novos (portabilidade e arquivos mp3).


O conceito é bem parecido com aqueles flexidiscs da década de 70. Para quem não sabe o que é isso, vou explicar brevemente: é um vinil finíssimo, quadrado (como uma folha) com uma arte impressa nele.

O mais legal de tudo no playbutton não está apenas no fato de ser um acessório para sua vestimenta, mas como uma ferramente de divulgação do álbum. Sem contar que você sempre quis que os outros soubessem o que você está ouvindo (desconsidere no caso do pancadão e do sertanejo).





Crowd Funding - Esse sistema funciona como aquela velha frase bíblica  (um pouco alterada) "Se a montanha não vai até Maomé, Maomé vai fazer uma vaquinha com seus amigos para a montanha vir até ele."

Fazer uma rede de fãs que querem muito participar e investir na banda ficou muito fácil quando se tem internet e boa vontade.

O último CD dos Autoramas foi em parte financiado por fãs, que realmente compraram as quotas de investimento e conseguiram um montante de 14 mil reais, necessários para aluguel de equipamentos e estúdio de gravação para finalizar o disco.

O show do Howler em São Paulo é outro ótimo exemplo. As 230 cotas compradas pelos fãs trouxeram a banda até a casa de shows Beco 203 da Rua Augusta.

Bom, o que eu quero frisar com toda esse texto é a força da música somada às boas ideias. Por mais que os CD's estejam caros, e por mais que os impostos sejam altos demais, existe sempre alguém com boa vontade e uma ideia interessante, que vai conseguir fazer com que a música tenha o valor que ela sempre mereceu.

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